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Entenda o Cálculo Renal (Pedras nos Rins)

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EPIDEMIOLOGIA

 

 

O cálculo renal, também conhecido como pedra no rim ou litíase urinária, é uma das doenças mais comuns na população geral. A estimativa é que 12% dos homens e 5% das mulheres sejam acometidos por essa doença em algum momento de sua vida. Isso representa, no Brasil, aproximadamente 34 milhões de pessoas e cerca de 7 milhões somente no estado de São Paulo. Essa doença torna-se ainda mais significativa, pois atinge a parcela da população mais ativa, uma vez que a maior parte indivíduos acometidos encontra-se entre 20 e 40 anos. Entretanto, qualquer faixa etária pode apresentar a doença, inclusive crianças e idosos.

 

SINAIS E SINTOMAS

 

Os principais sinais e sintomas são “dor nas costas” e dor com irradiação para região genital, podendo estar associada a náusea e vômitos. Na presença de infecção urinária associada, fato que torna o caso grave e urgente, pode haver febre. A litíase urinária pode ainda levar a infecções urinárias de repetição e a falência dos rins. Contudo, é possível apresentar cálculo renal de maneira assintomática.

 

FATORES DE RISCO

 

Os principais fatores que levam a formação da pedra são a baixa ingestão de líquidos e o tipo de alimentação. Razão pela qual essa doença também é conhecida pela “doença do executivo”, pois em diversas profissões que exigem atenção e dedicação por diversas horas, impossibilitando as pessoas de ingerirem a adequada quantidade de líquidos necessária. Além de forçarem os mesmos a fazerem refeições práticas e rápidas, os fast foods, os quais apresentam excessiva quantidade de sódio, sendo os grandes vilões na formação das pedras, pois fornecem os principais elementos dos quais os cálculos são formados.

 

TIPOS DE PEDRAS

 

Os cálculos possuem diversas composições, sendo 80% deles constituídos de cálcio na forma de oxalato e fosfato. E os demais se dividindo entre os formados por ácido úrico, estruvita (formação presente nas pedras causadas por bactérias) e cistina.

 

EXAMES

 

O principal exame para se diagnosticar pedra é a tomografia de abdômen sem contraste. Esse exame é capaz de dizer a localização exata do cálculo, o tamanho, o grau de dureza e algumas outras informações necessárias para decisão de como proceder com o tratamento da pedra. Existem alguns outros exames que auxiliam bastante a diagnosticar e fazer o seguimento da pedra como a ultra-sonografia de abdômen, radiografia de abdômen e a urografia excretora. Além é claro de exames laboratoriais de sangue e urina que funcionam como coadjuvantes.

 

TRATAMENTOS

 

Existem diversas formas de tratar a pedra; portanto, a escolha do tratamento é uma decisão a ser tomada em conjunto entre médico e paciente, dependendo do tipo da pedra, localização, dureza e condições clínicas. Dentre os principais tratamento temos:

 

-Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque ( LECO ou LEOC): O menos invasivo dos tratamentos, podendo ser realizado com ou sem sedação anestésica. Funciona com uma máquina que gera ondas de choque que atravessam a pele, gordura e rim e faz com que a pedra vibre, causando assim a fragmentação da mesma.

 

 

 

-Ureterorrenolitotripsia Endoscópica Retrógrada: Com um aparelho endoscópico semirígido ou um mais moderno flexível? consegue-se passar pelo canal da uretra, bexiga, ureter e rim, sem a realização de incisão (corte) e, com auxílio de instrumentos como o laser ou uma pinça, a pedra é fragmentada e retirada.

 

 

 

-Nefrolitotripsia Percutânea: É realizada uma pequena incisão de 1cm na região dorsal e com auxílio de dilatadores e de um aparelho endoscópico é alcançado o rim e a região onde se encontra a pedra. Com ajuda de laser, fragmentadores e pinça, os cálculos são retirados.

 

 

 

-Nefrolitotomia Laparoscópica ou Cirurgia via Robótica: São  realizadas 3 ou 4 pequenas incisões de 1cm na região abdominal, onde, com instrumentos laparoscópicos ou com auxílio especialista do Robô Da Vinci, é realizada a abertura de pequena parte do rim e retirada a pedra. 

 

PREVENÇÃO

 

Existem algumas mudanças de comportamento, alimentação e algumas medicações capazes de realizar a prevenção da formação de novas pedras. 

Dr. Rafael Sakata

Urologista Especialista em Cálculo Renal

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